30 dezembro, 2006

Poesia? Não, apenas um desabafo...
by Erika Mayumi

Chata, mandona, mal humorada de manhã,
Sou de lua,
Tem dias que estou bem e feliz
Tem dias que é melhor nem chegar perto

Mas podem contar sempre comigo
Corro sempre atrás dos meus objetivos
Desdobro-me em mil se necessário,
Mesmo me esgotando e indo além das minhas capacidades físicas

Sei que tem dias que sou insuportável
Sei que sou muito incompreendida (por ser tão complicada e exigente)
Sei que sou intolerante e muitas vezes distancio as pessoas
Sei que preciso melhorar muito ainda...

Necessito ficar só para pensar
Planejo tudo em minha vida e me irrito quando vejo que nem tudo se dá pra prever
Decepciono-me quando não tenho o apoio das pessoas que mais amo
Ou quando me faltam e fico insegura

Preciso muito de amor, de carinho...
Um pouco de segurança também, não sou de ferro...
Como às vezes demonstro ser
Sou tão frágil, mas tão frágil que faço de tudo para ser forte.

Agora ainda mais, com minha querida filha,
Tão pequena, tão dependente de mim, que até me assusta,
Mas ao mesmo tempo tão decidida, geniosa e apressada...
Numa urgência de aprender e ser independente!

Ela tem a magia de me fazer sorrir de manhã
Em um instante me de deixar brava e no seguinte
Deixar-me encantada com seu sorriso ou com uma nova conquista
Ou me levar às lágrimas, quando chora...

Só o amor mesmo,
Esse amor imenso que sinto pelo meu querido esposo,
Para dar um fruto tão fantástico e lindo como nossa Aninha,
Nia tre bela bebo” que tanto transformou nossas vidas
Desde cedo, bons hábitos de sono

Nada como uma noite de sono tranqüilo! Desde cedo, os pais sonham que seus filhos durmam bem, de preferência a noite toda, sem despertar. Muitas vezes, pedem conselhos aqui e ali para conseguir este feito, em busca de uma fórmula mágica. Afinal, quando as crianças dormem, os pais podem relaxar e descansar. Mas como fazer para que seu filho durma bem desde pequenininho?

O segredo está em estabelecer uma rotina. A criança precisa entender, desde bem pequena, a diferença entre o dia e a noite, e aprender que a noite foi feita para dormir. Daí a necessidade de uma rotina antes do sono, de horários mais ou menos estabelecidos e atividades que, noite após noite, se repetem, mostrando que a hora de dormir chegou.
A criança precisa comer durante a noite?
É um erro achar que a criança deve ser acordada para comer durante a noite. A única exceção fica por conta do recém-nascido, até mais ou menos o 20º dia de vida, quando seu estômago ainda se esvazia rapidamente. Os intervalos para alimentá-lo, neste caso, deve variar entre 2 a 4 horas, e não mais do que isso.Depois de maiores, as crianças não devem ser acordadas para comer. Se ela está dormindo 5, 6 horas durante a noite, por exemplo, é sinal de que não está incomodada, seja por fome ou por qualquer outro problema.E outro erro é, ao menor sinal de despertar da criança, os pais correrem para "acudi-la". Muitas vezes, qualquer resmungo já é motivo para a mamãe estar ao lado do berço. O ideal é esperar um pouco para ver se a criança volta a dormir. Às vezes, ela simplesmente despertou e, se não for estimulada, voltará a dormir naturalmente.É claro que você não vai deixar o pequeno chorar insistentemente. Se o choro é repetido, é imprescindível checar o problema.

Desde bem pequeno, acostume-o a dormir no próprio quartoÉ fundamental que o bebê passe a dormir no próprio quarto o quanto antes. O ideal é que ele durma com os pais no máximo até o 2º mês de vida, quando as mamadas noturnas ainda interrompem demais o sono de todos.Depois disso, ele deve ir para o próprio quarto, e assim aprender que toda a família deve ter privacidade. Por isso mesmo, é bom que o bebê seja colocado no berço sonolento, mas ainda acordado. Ele vai entender, com isso, que o lugar de adormecer é o berço.
Estabeleça um ritual para o bebê
Crie uma espécie de ritual para a hora de dormir. O horário vai depender muito da rotina e dos hábitos de cada família, mas é bom que seja mais ou menos o mesmo todos os dias.Além disso, dar banho à noitinha é ideal para relaxar e tranqüilizar a criança, preparando-a para a hora do sono. Depois do banho, trocá-la e alimentá-la vai, pouco a pouco, criando o ambiente ideal para que ela adormeça. Massagens e brincadeiras bem leves também podem ser utilizadas.Depois de tudo isso, é só ficar atento ao quarto do bebê, que deve estar calmo e silencioso.Agora, é hora de dormir como um anjo! Boa noite!
Consultoria: Dra. Renata Dejtiar WaksmanMédica pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein, Doutora em Pediatria pela FMUSP, Presidente do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria.

18 dezembro, 2006

Colo vicia?
Uma das grandes dúvidas dos pais, principalmente os de "primeira viagem", é se o colo pode "viciar" o bebê.
No útero, o contato do bebê com o mundo externo está muito limitado pelo corpo da mãe e ele fica protegido de odores e sons que poderiam lhe ser desagradáveis. Além disso, a temperatura é perfeita: ele não sente frio nem calor; ele não sente fome; não tem cólicas...
Mas, de uma hora para outra, ao nascer, o pequeno é bombardeado por uma variedade de cheiros, barulhos, sensações novas e isso deve ser extremamente desagradável, uma vez que ele precisa sentir-se seguro através do que já lhe é familiar.
Bem, vocês acham que após viver nove meses no calor e segurança do útero, envolvido totalmente por um líquido, o bebê vai achar muito normal dormir num berço, que para ele, com certeza, é enorme e onde ele tem contato com novas texturas, onde tudo é novo e muitas vezes assustador?
Acho que seria natural a consciência de que ele precisa de um tempo para se adaptar ao mundo externo, e isso depende de bebê para bebê, pois cada um é uma pessoa única e especial, com suas necessidades e potencialidades específicas. Creio que também não é difícil perceber que ele vai precisar de todo apoio e segurança que os adultos a sua volta podem oferecer.
Embora tenha como principal forma de comunicação o choro, muitas vezes achamos que ele só pode chorar se estiver com fome, molhado, com frio, com calor... Bem, alguém pode alegar que ele é manhoso, ou seja, está chorando para enganar o adulto e ganhar um "colinho". Não existe bebê manhoso! O bebê ainda não tem a capacidade de mentir e enganar que nós adultos temos. Assim que o bebê se sente em uma situação de angústia, ele usa o único idioma que conhece: o choro. Então, se ele está chorando, é sinal de que alguma coisa não vai bem. Isso não quer dizer apenas na parte fisiológica, como fome ou frio, mas talvez ele tenha ouvido um som ameaçador, como o bater de uma porta, que você, por estar acostumada, nem ouviu. Pode ser ainda que ele sinta saudades da sensação de segurança que o útero lhe proporcionava, e esteja sentindo um pouco de solidão.
Qual a solução?? Colo nele!! Envolva-o nos braços, fale palavras bonitas ao seu ouvido, cante uma canção, explique que tudo está bem, que você está presente e que se importa com ele. Ele vai adorar e retribuir, creia nisso.
O bebê é um excelente ouvinte e adora uma boa conversa. Bastam algumas palavras de amor e apreço para que esse ser tão especial aceite-nos como amigos e confie em nosso acolhimento.
Pense no bebê como alguém que acabou de chegar de uma viagem muito desgastante, que está confuso e preocupado em saber se vai conseguir se adaptar, encontrar amigos, ser aceito. O colo seria para o bebê como uma afirmação de que ele pode contar com aquela pessoa. O colo é uma declaração de amor e amizade. É como chegar para um amigo adulto e dizer: "pode contar comigo quanto precisar. Eu estou aqui."
Se você não precisa saber que pode contar com as pessoas que ama, o bebê também não precisa de colo. Se ter bons amigos pode se tornar um vício, o colo também pode.
Saltos de desenvolvimento
Autores: Hetty van de Rijt en Frans Plooij


O que o livro diz é que no período imediatamente antecedendo os saltos o bebe de repente se sente perdido no mundo, pois seu sistema perceptivo e cognitivo mudou (segundo os autores, tudo isso pode ser observado neurologicamente), mas ele ainda não se acostumou, então o mundo parece muito estranho...
O que acaba acontecendo é que ele quer voltar a base, ao que é conhecido, ou seja, MAMAE. Então nessas fases eles ficam mais carentes, precisando de colo, e com freqüência também comem e dormem pior. E segundo os autores, depois de algumas semanas essa fase difícil passa e tudo volta a normalidade.
Existe uma certa variação entre bebes, mas a cronologia observada (experimentalmente) pelos autores dos períodos de crise é:

-5 semanas / 1 mês
-8 semanas /quase 2 meses
-12 semanas /quase 3 meses
-19 semanas /4 meses e meio
- 26 semanas /6 meses
- 30 semanas /7 meses
- 37 semanas / 8 meses e meio
-46 semanas / quase 11 meses
- 55 semanas / quase 13 meses
-64 semanas / quase 15 meses
- 75 semanas / 17 meses
Ainda segundo os autores, depois de uma crise o bebe ‘de repente’ começa a fazer coisas que não fazia antes, dá um salto de desenvolvimento mesmo, e também fica mais feliz. Então durante as crises é só ter um pouco de paciência, logo passa...
Angústias do crescimento
Por Dr. Leonardo Posternak*
Certamente seu filho vai passar por isso. Desde o nascimento até completar um ano de idade seu bebê terá algumas crises motivadas pelo próprio desenvolvimento. Não se assuste. É normal!!!!
A vida do ser humano é caracterizada por várias crises que se manifestam ao longo dos anos. Apesar de muitas vezes serem dolorosas e conturbadas, são necessárias ao nosso crescimento e servem como aprendizado. A criança, como o adulto, também passa por conflitos desde os primeiros instantes de vida.
As chamadas crises evolutivas previsíveis acontecem com todas as crianças em qualquer parte do mundo. São momentos críticos, transitórios e datados. Em geral, duram duas semanas e são caracterizadas por mudanças de comportamento. Nesses períodos, os pequeninos choram mais, têm dificuldades para dormir, querem a companhia da mãe o tempo todo, gemem, mamam mais que o normal, enfim, alteram seus hábitos.
A primeira crise não é propriamente da criança, mas sim da família. Durante a gestação a rotina dos pais muda, a ansiedade aflora no seio da casa em virtude do novo ser que está prestes a nascer. A falta de estrutura e experiência pode refletir no bebê que está dentro do útero e sente tudo o que acontece com a mãe.
Aos três meses de vida, o bebê passa pela crise de adaptação com o meio externo. Nesse período diminui o envolvimento íntimo (simbiose) da mãe com o filho. O bebê descobre que ele e a mãe são duas figuras distintas, que não formam um único ser. Até então, ele só conhecia o bico do seio da mãe. Agora, descobre todo o conjunto: bico, mamilo, peito, braço, pescoço, cabeça, enfim, a mãe inteira, além de todo o universo em que ele mesmo está inserido.Um estranho no ninho.
Com mais ou menos cinco meses, a criança percebe a figura paterna. É mais um momento de crise, pois descobre que tem que dividir a mãe com outra pessoa, o pai.
Dois ou três meses depois, quando os dentes começam a nascer, o bebê morde tudo o que põe na boca, inclusive a mãe (lamentavelmente) no momento da amamentação. A mordida machuca e a mãe reclama. Na cabeça do pequeno, isso ainda não é muito claro e gera uma confusão. Ele pensa: estou ferindo a pessoa mais importante da minha vida!
Entre os sete e nove meses ocorre um período de transição. A criança torna-se realmente um indivíduo. Surge então, a angústia da separação. Ela tem medo de ficar distante da mãe. É a quarta crise.
Próximo de completar o primeiro aniversário, seu filho sofre a crise da independência. Nessa época, começa a dar os primeiros passos. Ele anda um pouquinho e volta para junto dos pais. O processo é repetido inúmeras vezes até que, finalmente, passa a caminhar sozinho. É uma mistura de ambivalência, medo e orgulho.
Não se assuste. Seu filho vai passar por todas essas crises que são momentos importantes, necessários e que impulsionam o crescimento. Nessas fases a criança tende a regredir, a "grudar" na mãe. Para diminuir a angústia e o sofrimento - principalmente à noite, quando a criança apresenta dificuldade para dormir ou acorda a noite inteira - vá até o berço, faça cafuné, fique um pouco com ela.
Conhecer as crises é muito importante. Pela falta de experiência, alguns pais tendem a confundir o choro do bebê com dor de barriga ou de ouvido. Observe. Se a criança chora mas não leva a mão ao local dolorido, é provável que esteja passando por uma das situações descritas. Não medique seu filho sem antes consultar o pediatra. Se realmente for uma crise, o melhor remédio é o carinho e a sua presença.

17 dezembro, 2006

MÃES MÁS
Dr. Carlos Hecktheuer - Médico Psiquiatra.

Um dia quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:

- Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
- Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
- Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".
- Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
- Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
- Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
-Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em momentos até o diaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer: "Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...".

- As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas.
- As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela nos obrigava a jantar a mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão. Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora (tocava nosso celular de madrugada e "fuçava" nos nossos e-mails). Era quase uma prisão.
- Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe dissemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela "violava as leis do trabalho infantil". Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruéis.
- Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer. Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.
- E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos, tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer.
- Enquanto todos podiam voltar tarde à noite, com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).
- Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

FOI TUDO POR CAUSA DELA.

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "PAIS MAUS", como minha mãe foi.

EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS.